O ano de 2020 foi, possivelmente, o mais desafiador dos últimos anos (talvez das últimas décadas). Mas também foi o ano em que ouvimos bastante a expressão “crescemos 10 anos em 5 meses” ou analogias similares. Tudo isso porque as empresas, o governo, os funcionários, os cidadãos, toda a sociedade teve que se readaptar a novos hábitos diante do contexto da pandemia. Isso também se refletiu diretamente na forma como lidamos com as finanças, com o dinheiro e com nosso consumo.
Algumas coisas que até então eram comuns na China e nos EUA (e achávamos que demoraria anos e anos para chegar no Brasil) viraram realidade por aqui. No início, o consumidor enfrentou alguns períodos de transição em alguns setores – como por exemplo os supermercados, que viraram a chave para o delivery da noite para o dia, tendo que digitalizar todos os processos de forma bem rápida.
Agora, em 2021, as vacinas estão chegando e, junto delas, muita esperança de que as coisas vão se ajustar em breve.
Mas quando o assunto é digitalização da economia, parece ser mesmo um caminho sem volta.
A verdade é que o povo brasileiro experimentou a praticidade e segurança das compras online, dos pagamentos por aproximação (contactless), o aumento do uso de aplicativos de delivery em geral, o uso cada vez menor do dinheiro em espécie… E gostou.
Os números demonstram essa mudança de comportamento.
Dados divulgados pela ABECs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), revelam:
- Crescimento de 32% nas compras remotas com cartão, quando comparamos 2020 com 2019.
- Crescimento exponencial do pagamento por aproximação – através de pulseiras, celulares ou mesmo cartão físico, que caiu nas graças do consumidor brasileiro e cresceu 469,6% em 2020, sendo responsável pela movimentação de R$41 bilhões no mesmo ano. A repercussão positiva foi tanta que, até então, as transações que exigiam a senha do cliente eram a partir de R$50, foram alteradas para R$100 em julho e R$200 em dezembro.
Para 2021, a tecnologia promete acompanhar o mercado financeiro em diversos setores, trazendo mais praticidade e modernização nas transações.
A ABECs estima que as transações com cartões (crédito, débito e pré-pago), devem representar aproximadamente 50% do consumo das famílias no Brasil em 2021. Para efeito de comparação, esse indicador fechou o ano de 2020 com 46,4% e no 1º trimestre de 2019 era 36,2%. Impressionante o crescimento avassalador deste indicador em pouco tempo, né?
Seria este o “início do fim” do dinheiro físico?
Provavelmente estamos caminhando para isso, ainda que sem data certa para acontecer no Brasil – mas é um movimento claro.
A tecnologia aliada à praticidade, segurança e inclusão financeira é bem-vinda. Ah, não esquecendo sempre de andar de mãos dadas com a educação financeira, acompanhando de perto as finanças pessoais com foco na independência financeira e na qualidade de vida, ok?
Seu presente e futuro agradecem 🙂