Começa hoje a segunda fase do projeto Open Banking sob a gestão do Banco Central, que tem como um dos grandes objetivos aumentar a competitividade entre as instituições financeiras, possibilitando aos consumidores o acesso a melhores ofertas de produtos e serviços financeiros.
O Banco Central parte do princípio que o cliente é o dono dos seus dados. Atualmente, somente o banco onde o cidadão possui conta tem acesso ao seu histórico de relacionamento bancário – o que favorece o momento da análise de crédito. Na prática, por exemplo, quando você vai solicitar crédito em um banco que você não possui relacionamento, normalmente, pelo banco não ter o seu histórico, acaba não oferecendo condições tão competitivas.
O Open Banking vem para mudar essa dinâmica.
O cliente sendo dono dos seus dados, vai poder consentir que o banco X tenha acesso a eles. Assim, há uma chance maior que o banco X, mesmo não tendo você como cliente, consiga te oferecer opções de produtos mais competitivas.
Para quem não leu nosso artigo anterior sobre o Open Banking, esse projeto foi dividido em 4 etapas: a 1ª iniciou em fevereiro desse ano, a 2ª começando hoje, a 3ª prevista para 30 de agosto e a última tem expectativa de implantação em 15 de dezembro.
Na fase 1, somente as instituições financeiras participantes foram impactadas, não tendo impacto direto com os clientes.
A partir de agora, na fase 2, os clientes começam a ser afetados – mas como?
Primeiramente, a fase que começa hoje foi escalonada em 4 blocos, para dar mais segurança ao processo e eventuais ajustes necessários. Nesse período haverá limites sobre a quantidade de transações, horário de funcionamento e tipos de dados a serem compartilhados.
Veja como será a fase 2 do Open Banking:
13/08 a 12/09 – poderão ser compartilhados dados cadastrais, em dias úteis de 8h às 18h com limite de 0,1% dos clientes das instituições de origem.
13/09 a 26/09 – poderão ser compartilhados dados cadastrais + dados de transações relacionadas às contas corrente, de poupança e pré-pagas, em dias úteis de 8h às 18h com limite de 0,5% dos clientes das instituições de origem.
27/09 a 10/10 – poderão ser compartilhados todos os dados anteriores + dados de transações relacionadas a cartão de crédito e operações de crédito (como financiamentos e empréstimos), 24h por dia, nas quintas e sextas-feiras e das 8h às 18h, nos demais dias da semana, inclusive sábados e domingos, com limite de até 1% dos clientes das instituições de origem.
11/10 a 24/10 – poderão ser compartilhados todos os dados cadastrais e transacionais anteriores, 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, com limite de até 10% dos clientes das instituições de origem.
Em resumo, a partir de hoje, os clientes que quiserem poderão solicitar o compartilhamento dos seus dados bancários entre as instituições financeiras participantes do Open Banking, considerando as regras acima. Importante destacar que esse compartilhamento deverá ser por finalidade previamente estabelecida, por prazo determinado (sendo o máximo de 12 meses). Vale lembrar que o correntista poderá cancelar essa autorização junto à instituição financeira a qualquer momento.
O Open Banking segue as regras de LGPD e não tem custo algum para o cliente. Além disso, todo o processo possui segurança e é gerenciado pelo Banco Central.
Para ter acesso a lista de instituições financeiras participantes e demais informações sobre o projeto: